Em meio aos desafios de negócios do mundo atual, tendências como Cloud Computing, Big Data, Internet das Coisas (IoT) e mobilidade se enquadram em um cenário no qual a demanda da transformação digital das empresas é frenética e fortemente suportada por soluções baseadas em software livre. O que era uma incógnita há 15 anos, vem se consolidando de forma expressiva e o que estamos vivenciando é a transição do uso de redes fechadas, que se tornam inadequadas neste cybermundo dinâmico, para a utilização de soluções baseadas em open source.
De acordo com uma recente pesquisa do Gartner, cerca de 50% das empresas do mundo já praticam a TI bimodal e 75% utilizarão este modelo até 2017. O modelo consiste na adoção de dois modos de TI empresarial: um voltado para o uso tradicional do dia-a-dia e outro focado na transformação do negócio, por meio da inovação. Segundo o Gartner, essa abordagem não é mais algo opcional, mas essencial para a sobrevivência das companhias e as soluções open source fazem parte desta estratégia.
No caminho da inovação, não é um exagero dizer que o mundo moderno roda em open source. Estamos falando de um mercado em plena expansão, com mais de um milhão de projetos. Se você olhar ao seu redor, quase tudo está sendo executado no Linux – desde o seu roteador doméstico, passando por ATMs de bancos, até as bolsas de valores. O fato é que a TI tradicional, de soluções fechadas, não é capaz de atender às demandas crescentes do mundo digital.
Ao mesmo tempo, não podemos ignorar o fato que estamos diante de uma crise econômica na qual as empresas estão sendo mais conversadoras em seus investimentos e buscando soluções que as ajudem a enfrentarem esses momentos difíceis. Quando os critérios de decisão para aquisição de tecnologia se tornam mais restritos, os players do mercado têm que demonstrar a capacidade da TI em ajudar as empresas a melhorar receitas ou diminuir despesas. Conceitos de ROI e payback nunca foram tão utilizados para auxiliar as decisões de aquisição em TI quanto agora, assim como a busca por soluções que ajudem as empresas a aumentar a produtividade, a diminuir o time-to-market e a reduzir custos.
E é neste momento que o segmento de open source também mostra seu valor e seu potencial. Em busca de mais produtividade, vantagens tecnológicas e redução de custos, empresas vêm deixando ambientes com vários servidores Unix, que têm um custo de propriedade muito maior, e adotando plataforma Linux e buscando sair da plataforma cliente servidor para um ambiente em nuvem.
Há um amadurecimento do mercado para nuvem no ambiente Linux. A tecnologia open source colabora para a criação de ambientes perfeitos para a construção de nuvens privadas, ou mesmo de cloud mobile, ajudando empresas a entregarem novos produtos ao mercado em um menor tempo, com mais segurança, mais produtividade e redução de custos.
Diante destas previsões, podemos observar claramente que a tendência empresarial dos próximos anos será o investimento em inovação. E mesmo se tratando de uma época de crise, a aposta nas plataformas abertas não é apenas uma maneira de economizar custos, mas também de obter ganhos em tecnologia. Afinal, inovar, agora, é questão de sobrevivência.
Marco Leone, country manager da SUSE no Brasil.